Dionisio Bahule figura central nas celebrações do Dia Mundial do Teatro do Oprimido

Dionisio Bahule e Adamugy
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Dionisio Bahule 1
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O Centro do Teatro do Oprimido (CTO-Maputo) acolheu no dia 16 do mês Março, as cerimónias centrais da celebração do Dia Mundial do Teatro do Oprimido no nosso país. O evento decorreu sob o lema “Teatro Como Arte Marcial – Boal e Freire: Convergência na Construção de um Mundo Melhor”.

Dionísio Bahule, Filósofo, Escritor, Crítico de ARTE e Docente Universitário, foi a figura central do evento, no qual elaborou à volta do tema Teatro Como Arte Marcial – Boal e Freire: Convergência na Construção de um Mundo Melhor, apoiando-se na sua teologia libertadora. O Jornalista cultural e crítico das Artes Belmiro Adamugy, fez a moderação da conversa.

Refira-se que na data supracitada é comemorado o aniversário do teatrólogo Augusto Boal, criador e sistematizador do método do Teatro do Oprimido que se estivesse vivo aquela data, celebraria o seu 91 o aniversário natalício.

Criado na década 70, o Teatro do Oprimido é um conjunto de exercícios, jogos e técnicas teatrais que tem por objectivo redimensionar o teatro, tornando-o um instrumento eficaz na compreensão e na busca de alternativas para problemas sociais e interpessoais. Suas vertentes pedagógicas, sociais, culturais, políticas e terapêuticas se propõem a transformar o espectador (ser passivo) em protagonista da acção dramática (sujeito criador), estimulando-o a reflectir no passado, transformar a realidade no presente e inventar o futuro.

Enquanto conjunto de técnicas, pode ser utilizado para preparação do actor e do não actor para interpretação, estruturação de grupos populares de teatro, dinamização de grupos, estímulo à discussão, esclarecimento de conflitos interpessoais, divulgação e debate de ideias e propostas.

Teatro do Oprimido é um empreendimento sociocultural, que utiliza as técnicas de dramaturgia para favorecer a compreensão e a busca de alternativas para problemas pessoais e comunitários (interpessoais). Através da prática de jogos, exercícios e técnicas teatrais, estimula-se a discussão e a problematização das questões do quotidiano.

O objectivo do Teatro do Oprimido é realizar reflexões sobre as relações de poder, explorando histórias entre opressor e oprimido, onde o espectador assiste e participa na peça. Todos os textos são construídos coletivamente a partir das situações reais da vida, baseados nas experiências e problemas típicos da comunidade, como a cidadania, o meio ambiente, a discriminação, o preconceito,
o trabalho, a violência, o acesso a água, a educação, a saúde de entre outros.

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